Por que será que nessa vida a gente só sabe valorizar as coisas quando as perdemos?
Me peguei pensando na época de escola, quando a gente não tem responsabilidade nenhuma, somente a grande missão de estudar e passar de ano - que pra gente, naquele momento, é uma tarefa muito árdua.
Pense que nem imaginamos o que nos espera pela frente. A tendência é piorar mesmo. Não é uma visão pessimista, mas realista. O pior de tudo é que acabamos na maioria das vezes não aproveitando ao máximo aquele momento e depois que passa só nos resta a lembrança.
É... uma boa lembrança no meu caso, e uma vontade imensa de voltar no tempo e poder brincar inocentemente de amarelinha, elástico, dica, salada de frutas (etc.), sem a maldita responsabilidade que um adulto deve ter.
Quando penso que hoje tenho que batalhar nesse mundo "cão" para me estabilizar profissional e financeiramente vejo que a tarefa de estudar e passar de ano não era nada...as brincadeiras inocentes precisam ceder espaço para conversas maduras e reuniões de trabalho. Agora me pergunto também muitas vezes: para que tudo isso? Para que a gente corre tanto nessa vida se o final dela infelizmente é o mesmo pra todos nós?
Ah é tudo muito confuso para uma pós-adolescente que teve que decidir aos 19 anos a profissão dela para o resto de sua vida. É meio maluco isso né, não?
Aos 22 anos, agora, me vejo em um dilema, estudar e trabalhar, mas será que é com isso mesmo que quero trabalhar para o resto da minha vida? É, eu acho que sim, mas a dificuldade no mercado de trabalho me deixa com medo do meu futuro.
Tenho que correr atrás dele, mas ele insiste em correr de mim. Penso hoje em mudar de cidade para conseguir me estabilizar profissionalmente, e ai vem a questão maior, sempre disse que nunca deixaria minha família, mas é que nem dizem: nunca diga nunca...um dia você terá que voltar atrás.
Aí penso também, será que me mudar é a melhor opção? E se não der certo? Poxa. Estou quase pensando em virar hippie. Ah, mais também não tem nada a ver comigo... Eu quero minha infância de volta, quando eu não precisava tomar tantas decisões e ter tanta responsabilidade.
E como isso não pode acontecer eu vou convivendo com as palavras de Pedro Bial
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